A Igreja sempre ensinou a necessidade e o valor da virtude da modéstia ao afirmar que todo pecado contra a pureza é grave. O Catecismo da Igreja Católica resume desta forma sua importância:
“A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união… O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir… Torna-se discrição… O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.”[1]
“A pureza exige o pudor. Este é uma parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união… O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir… Torna-se discrição… O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.”[1]
A virtude da modéstia tem vários aspectos, entre eles a “aparência exterior”.[2] O problema é que, enquanto não se discute que a virtude da modéstia é necessária para agradar a Deus e é muito importante para nossa santificação[3], a ignorância da nossa geração no campo da sexualidade gera uma grande confusão quando se trata de decidir, na prática, o que é ou não modesto em relação à veste.
O vestido longo, tanto no cumprimento, como na gola e na manga, era o vestido clássico de qualquer mulher cristã até o fim do século XIX. Olhemos para esta imagem da mãe de Santa Teresinha ou para esta foto que está a mãe de Santa Gianna e veremos como, não muito tempo atrás, a pele do corpo da mulher simplesmente não aparecia: a roupa servia justamente para cobri-la. Quem nos ensinou isso foi o próprio Deus que depois do pecado original, frente à nudez de Adão e Eva, não Se satisfez com a folha de figueira e lhes deu túnicas, cobrindo totalmente seus corpos para assim revelar a sua dignidade: “A pureza de coração é a condição prévia da visão [de Deus]. Desde já nos concede ver segundo Deus… permite-nos perceber o corpo humano, o nosso e o do próximo, como um templo do Espírito Santo, uma manifestação da beleza divina.”[4]
Mas com a depravação da moda, a veste além de não cobrir a pele ainda ressalta – com decotes, fendas, transparências, mini-cumprimentos, etc. – partes do corpo feminino que deveriam ficar absolutamente e sempre ocultas: as partes íntimas e conexas do corpo feminino[5].
É tão avassalador este processo de depravação e uniformização[6] da maneira de vestir feminina que a “moda-prostituta” conseguiu cegar até as católicas. Muitas vezes nem se dão conta que estão de mãos dadas com satanás, servindo seu corpo como vitrine para ele levar a sua alma e a dos outros para o inferno. Eu mesma fui escrava desta moda, mas chegou a hora de sermos escravas de Nosso Senhor e Nossa Senhora!
Com a graça de Deus e intercessão da Imaculada somos capazes de sairmos deste inferno da moda mundana e entrarmos no Reino, que começa aqui mesmo quando nossos olhos e coração coincidem com a visão correta sobre a veste, ensinada pela Igreja. Praticaremos então com maior facilidade a regra de ouro dada pelo Papa Pio XII: “um estilo jamais deve ser uma ocasião próxima de pecado.”[7]
Mas se é fácil entender que um estilo “não deve ser ocasião de pecado”, não é tão fácil encontrar um grupo que, trabalhando pela modéstia cristã, consiga estar unanimemente de acordo com os critérios para decidir se uma roupa é modesta ou não.
Estamos numa sociedade tão imodesta que, se antes era a calça ou a mini-saia que escandalizava, agora é a saia longa (e modesta) que faz todo mundo olhar para a mulher como se ela estivesse vestindo “algo que não lhe pertence”. Frente a esta confusão, temos uma proposta, que difere daqueles grupos que, além de não obedecerem ao critério mínimo de modéstia exigido pela Igreja, ainda confundem a muitos com o discurso de “modéstia” e a prática de “imodéstia” nas imagens de seus sites, blogs, etc. Se cada um escolhe o que é ser “modesto” então não reina Nosso Senhor, mas satanás pois a divisão se instala e não existe a ordem que reflete a soberania de Deus e de Sua Igreja.
[2] Para o estudo da modéstia indicamos o livro (apenas em inglês) Handbook of Modesty.
[3] Em Fátima, Nossa Senhora disse que o pecado da carne é que leva mais pessoas para o inferno. Se o Catecismo ensina que a modéstia protege a pureza – virtude que leva a pessoa a fugir do pecado da carne – então nada mais urgente do que ensinar e viver a modéstia no vestir como uma forma de proteger a dignidade e salvar a nossa alma e a dos irmãos.
[4] CIC 2519
[5] Seios e nádegas e partes relacionadas: coxa e ante-braço e colo.
[6] Com o eufemismo de “seja você mesma”, jamais se viu na moda a uniformização que a “calça jeans e camiseta” conseguiu fazer no guarda-roupa feminino.